“Quanto mais sofremos, mais o ego se fortalece.
Achamos que sofremos “por nós”, que o sofrimento é
necessário. Acreditamos que sofremos para suprimir o
sofrimento e que ele logo desaparecerá. Ora, ele sempre
volta mais forte e, habituados, nem mais o sentimos. É aí
que ele ganha terreno. E quanto mais sofremos, menos
queremos olhar o sofrimento de frente, pois tal atitude nos
obriga a “nos” questionar profundamente. Na verdade e
muito pelo contrário, só assim poderíamos nos
reencontrar. Mas é justamente esse o problema: não somos
capazes de distinguir entre o si e o ego e tememos,
portanto, nos perder. Não sabemos mais quem somos.
Então, continuamos a nutrir nossos parasitas, esperando
que isso provoque algum alívio em nossa situação. É
assim que nos tornamos dependentes do sofrimento.”
“Os mecanismos que provocam o sofrimento se autosustentam.
Nutrem-se da energia da alma para fazê-la
voltar-se contra si mesma. Tornam-se necessários, fazem-se
passar por ela, quando, na verdade, trabalham para
destruí-la. Chamamos de ‘ego’ a imagem protetora que o
conjunto desses parasitas edifica a fim de enganar a alma.”
( o Fogo Liberador - Introdução)
Sofrimento... Identificação - e toda identificação me parece patológica. De onde enxergamos, tudo traduz-se por sofrimento - a impermanência, a morte, o estar só, as perdas...
ResponderExcluir