domingo, 26 de julho de 2020

Apocalipse - Esmirna





Esmirna - Significa "mirra", talvez por suas terras produzirem essa planta em abundância. Cidade marítima, muito antiga e rica. Pertencia à Lídia. Limitava-se ao sul com Éfeso, distante 50 km; ao norte com Pérgamo; a oriente com Tiatira e Sardes, e a ocidente com o mar Egeu. Plantada ao pé do monte Pagos, sua topografia encantadora conferiu-lhe o título de "O adorno da Ásia". Uma parte da cidade estava no vale do rio Hermos. Seu porto maravilhoso atraía grande número de navios que conferiam vida e dinheiro à cidade.
Seus primitivos habitantes eram eólios, depois jónicos. Chegou a ser destruída em 580 a.C. por Alyattes, rei da Lídia, mas foi restaurada pelos sucessores de Alexandre Magno.
Cibeles era a deusa principal. Em 195 a.C, Esmirna dedicou um templo à deusa Roma e em 26 d.C. obteve permissão para dedicar um templo a Tibério, à Lívia e ao Senado. Um terremoto a destruiu em 178 d.C. Hoje seu nome é Izmir, pertencente à Turquia. Antes da Primeira Guerra Mundial os gregos tinham grandes indústrias em Esmirna. Após a guerra, o governo turco expulsou os gregos. A indústria foi golpeada. Hoje é uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes. A indústria e os produtos manufaturados, sendo o figo seco o principal, são sua principal atividade econômica.
A cidade era terrivelmente pagã. O evangelho, entretanto, progrediu. A igreja parece-nos não ser tão grande, mas viva e poderosa. Jesus dirigiu uma carta a essa igreja (Ap 2.8-11). Na época da carta, a igreja enfrentava grande tribulação. Materialmente pobre, mas rica dos céus. Judeus blasfemaram o Bom Nome. Jesus chamou a sinagoga desses judeus de "sinagoga de Satanás". O Senhor advertiu ainda que a igreja passaria por grande tribulação. Seria uma prova que duraria "dez dias". A igreja deveria ser fiel ainda que lhe fosse necessário morrer. Segundo a tradição, Policarpo, o pastor da igreja, foi martirizado em Esmirna, em 169 d.C.
Esmirna era freqüentemente chamada a cidade mais bela da Ásia Menor. Ruas pavimentadas com belo design cortavam o centro de negócios. Grandes séries de colunas criavam o senso de grandeza e graciosidade. O Ágora ou mercado público, que estava localizado próximo ao porto, era o centro do comércio e vida social. Produtos eram trazidos para dentro de Esmirna pelo mar e do interior para serem vendidos ali. Durante o festival de Dionísio, o Ágora era usado para procissões em honra dos deuses.




O vasto porto ao longo de Esmirna era o ancoradouro para navios que viajavam no mar Egeu. No coração da cidade também havia um grande porto ou Marina que poderia ser fechado com uma corrente. Os navios podiam transferir suas cargas do litoral para o Ágora ou mercado, que era o centro comercial da cidade. Esmirna era conhecida por seu vinho, roupas, perfumes e artefatos de ouro.




A entrada da cidade, que era chamada de Prytaneion, em grego, era o centro administrativo de Éfeso. Como muitas cidades greco-romanas, Éfeso encarregava à maioria das questões civis a um conselho de líderes cidadãos. Um pequeno grupo desses cidadãos mantinha o funcionamento diário da cidade. O escritório desses administradores estava localizado na área da foto acima. Um templo a Júlio César e às divindades romanas era parte desse complexo.




Um templo para imperadores de Roma fica próximo ao centro da cidade. Dedicado em 89-90 D.C. durante o reino de Domiciano, o templo era uma honra aos imperadores da família de Flávio: Vespasiano, Titus, Domiciano e, provavelmente, a esposa deste. Uma carreira de colunas estava em cada lado do templo e um altar ficava na frente. Estatuas de deidades tradicionais adornavam a estrutura. Dentro estava uma colossal estatua de um imperador, provavelmente Domiciano. Domiciano foi publicamente condenado após sua morte em 96 A.D. por tentativas brutais de repressão a seus oponentes. Nunca mais, o templo de Éfeso foi usado para promover o culto de outro imperador e sua família.






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