quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Concebido sem pecado original


Todos os livros e doutrinas religiosas podem ser analisados e interpretados no sentido psicologico e espiritual (esotérico).
Não podemos analisá-los apenas sob a perspectiva do ego cuja consciência está presa aos seus próprios interesses.
A concepção divina e a virgindade da mãe devem ser analisados a partir de uma perspectiva cosmogonica e espiritual.
Deve-se observar ainda que de acordo com esta análise, a virgindade da mãe não é lesada nem pela concepção, nem pelo parto.
Quem é o Cristo, o Filho, o Ungido de Deus? Quem são os Mensageiros Divinos? E os Messias (Avatares em outra religião)?
Todos estes nomes podem ser resumidos em "Cristo, o Filho de Deus".
Todos os Avatares, Messias, Mensageiros Divinos, Cristos e "Iluminados" foram filhos de uma mulher e de um varão, concebidos e nascidos como qualquer outro humano.
O homem, nessa perspectiva, desde a concepção tem um corpo físico e um corpo imaterial , com toda as suas funções potencialmente disponíveis. A energia (vamos chamar assim a parte "imaterial") e o corpo formam uma unidade interdependente. A personalidade em suas motivações e ações divide-se em id, ego ("eu") e superego (Freud).
No id estão as forças profundas, naturais e involuntárias que governam a vida; o "eu" é o centro da consciência e o superego a sua consciência moral construída pela interação com o meio e a educação. No id localiza-se, também, a "centelha divina" segundo diversas escolas esotericas, a parcela da "inteligência cósmica", o "Cristo", energia adormecida no inconsciente humano que espera a oportunidade, a hora e as condições favoráveis para manifestar-se.
Revela-se como uma ânsia de liberdade que vai crescendo e sobre o qual o ego (superego) não tem poderes porque é instintiva, e foge portanto, ao seu controle. Neste processo longo e doloroso o ego será destruído e nascerá um novo ser humano dominado pelo "espírito", o "Cristo", o "Mestre", o "homem Iluminado".
Ele nasce da "alma humana", concebido pelo "poder Divino", por ser uma centelha" Dele", cuja virgindade não é lesada nem pela concepção, nem pelo parto.
O "Cristo nascido da alma" uniu os opostos, positivo e negativo, masculino e feminino, consciente e inconsciente, racional e intuitivo, o céu e a terra.
Ele é "filho de Deus" - Complexio Oppositorum.
Este é o "nascimento imaculado" de um "Mestre", de um "Avatar", de um "Messias", de um "Iluminado", do "Cristo", um " Filho de Deus ".

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