domingo, 16 de agosto de 2020

Apocalipse - Sardes



Sardes - Erguida quase no centro da Ásia Proconsular, hoje território pertencente à Turquia. Tiatira lhe fazia divisa ao norte, a mais ou menos 50 ou 60 km, e Filadélfia a sudeste, também a 50 km, enquanto Éfeso lhe ficava a sudoeste a 112 km. No tempo do famoso rei Creso, Sardes foi capital da Lídia.
Cima, estrada real, saindo de Sardes, atravessava a Anatólia central e ia até Ecbatana e Susa na Pérsia. H. C. Butter (1910-1914) e depois G. M. A. Haufmann (1958) provaram pelas cerâmicas encontradas nas ruínas de Sardes que a cidade pertence ao Período de Bronze, isto é, à época micênica. Nos séculos VII e VI a.C. progrediu grandemente. Foi atacada pelos cimérios (668-652 a.C), que lhe mataram o rei Giges. Com Creso (561-546 a.C), entretanto, alcançou seu esplendor máximo. Gm pequeno ribeiro conhecido como Pactolos derramava com as enchentes grande quantidade de ouro de aluvião na cidade, que se tornou riquíssima e famosa. Ciro, o Persa (546 a.C), apagou a grandeza de Sardes. Em 498 a.C, os jônios se revoltaram contra o governo e prejudicaram a cidade .



Sardes era uma cidade-fortaleza quase inexpugnável. O "forte" erguia-se sobre o formoso vale do Hermo. Sua beleza era deslumbrante. Ciro tomou a cidade escalando os penhascos, onde a fortificação era frágil, e aproveitou as sombras da noite.
O mercado de Sardes era grande e movimentado. Em seus bazares se expunham produtos do mundo todo. Sardes se ufanava de ser a cidade mais rica da Ásia.
Jesus dirigiu sua quinta carta (Ap 3.1-6) à igreja dessa cidade. O conteúdo é mais ou menos o seguinte: Jesus conhecia suas obras; que a igreja tinha aparência de viva, mas estava morta; ordenou que vigiasse sobre sua precária situação espiritual; que consolidasse o restinho que ainda vivia, para não morrer de vez; e que suas obras não eram íntegras na presença de Deus. Apocalipse 3.3 parece exigir da igreja que vigiasse, usando exemplo da cidade que duas vezes sucumbiu por não estar alerta. Já em Apocalipse 3.4 parece haver alusão às roupas de lã e de linho que se vendiam na cidade.
Hoje, onde outrora era a gloriosa Sardes dos tempos cresianos, há um vilarejo chamado Sarte
Sardes era o lar de uma grande e influente comunidade judaica. Essa foto é à entrada da sinagoga, que era localizada na parte central da cidade. Embora a estrutura da sinagoga date do terceiro século d.C., existem boas evidencias que havia uma sinagoga em Sardes no primeiro século, no tempo em que o Apocalipse foi escrito.



Sardes foi uma das cidades legendárias da Ásia Menor, onde hoje é a Turquia. No sétimo século a.C., Sardes foi a capital da Lídia. Ouro foi encontrado no rio próximo de Sardes e reis que moravam lá foram renomados por sua riqueza. Os persas capturaram Sardes no sexto século e fizeram dela um centro administrativo para a parte oeste do seu império. A famosa "estrada real" conectava Sardes com outras cidades do leste. Nos tempos do Novo Testamento, Sardes foi parte da província Romana da Ásia.




A acrópole ou parte superior da cidade de Sardes estava num monte que se erguia sobre um vale. Os lados da acrópole eram escarpados e o topo poderia ser alcançado somente por um longo e estreito caminho. Isso deu a cidade uma força quase inexpugnável. A maioria da cidade estava no vale abaixo. As estradas que seguiam os vales eram importantes para o comércio e comunicação.
Sardes foi devastada por um terremoto em 17 d.C. Os romanos suspenderam a cobrança de impostos e enviaram fundos para a ajudar na reconstrução da cidade. Algumas estruturas foram reparadas e outras foram destruídas para dar lugar a novos edifícios. A grande praça mostrada aqui estava localizada próximo ao centro da cidade.




domingo, 2 de agosto de 2020

Apocalipse - Tiatira


Tiatira foi um significativo centro de comércio. Artesãos faziam roupas de linho e algodão que às vezes eram tingidas de vermelho ou púrpura. Trabalhadores de bronze, curtidores, oleiros e padeiros levavam suas mercadorias até a cidade. Homens de negócio eram capazes de lucrar e adquirir bens na região para César Augusto e a família imperial. Escravos eram trazidos e vendidos em Tiatira onde um mercado de escravos estava localizado .




Tiatira era um centro comercial na Ásia Menor (moderna Turquia). Estava localizada num fértil vale no qual passavam rotas de comércio. Embora destruída por um terremoto durante o reino de César Augusto (27 a.C.-d.C. 14), Tiatira foi reconstruída com a ajuda Romana. Produtos têxteis eram os mais importantes em Tiatira . Uma das comerciantes de roupas da cidade era uma mulher chamada Lídia, que conduzia negócios em lugares distantes como Filipos.




Situada na Ásia Proconsular entre Pérgamo ao norte, e Sardes ao sul. Distantes alguns quilômetros do mar. Pertencia à Lídia e estava na fronteira da Mísia. A estrada de Pérgamos a Sardes passava por Tiatira. Seus nomes anteriores eram "Euhippia" e "Pelopia"; hoje é Akhinsor.
Fundada por Seleuco I, da Síria, no século IV a.C. Em 133 a.C, juntamente com Pérgamo, passou para a tutela romana. Seleuco fundou a cidade num vale profundo do Hermo e do Caíco.
Pela estrada, chegava e saía gente de toda parte do mundo. Tornou-se um grande centro comercial e também industrial. De um caramujo tiravam uma coloração avermelhada, conhecida como púrpura. Com essa tinta tingiam lãs, algodão e linho. Esses produtos fabricados em Tiatira eram famosos na Ásia e na África. Lídia (At 16), a primeira pessoa convertida na Europa pelo trabalho de Paulo, procedia dessa cidade. Em Filipos, ela vendia "púrpura" de Tiatira. A cidade também era fabricante de cerâmica para adorno e uso doméstico. Além disso, fundiam um bronze especial com o qual fabricavam utensílios diversos, famosos como a púrpura.



A quarta carta do Apocalipse é dirigida ao "anjo" desta igreja (2.18-29). Apocalipse 2.18 parece lembrar o bronze fabricado na cidade. Jesus destaca as obras boas da igreja, seu amor, sua fé, seu serviço e sua perseverança. Mas ela foi reprovada por tolerar a "mulher" Jezabel. Deveria ser um membro da igreja local que foi aceito entre o povo de Deus assim como Jezabel foi aceita na comunhão de Israel através de Acabe. Outras semelhanças: como Jezabel trouxe ídolos para Israel, essa pessoa causou perturbação na igreja; como Jezabel perseguiu o bem, esse membro da igreja combateu a sã doutrina; como Jezabel foi condenada e morta, esse membro deveria ser afastado do corpo de Cristo. Provavelmente o ensino da "Jezabel" da igreja de Tiatira deveria ser algo ligado a práticas imorais e idolátricas de algumas das muitas instituições espalhadas pela cidade pagã.