sábado, 9 de outubro de 2010

Ética Universal


Uma ética universal esta além dos valores comuns, dos valores de uma sociedade e suas leis 'a regrarem-na e, por isso, de dificil entendimento pelo comum, de algo incomum, pois quem nesse estado vive, vive além de um "centro de reações" psicológicas na qual não mais se julga, avalia ou reage, condena ou aprova, mas sim isento de tais reações, conduz a uma reta ação, correta, Universal, que apareceu em muitos no passado 
(sábios) e que ainda hoje, aparece .
Nesse "estado de sabedoria" age-se sem causar ou sofrer danos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dois mundos, uma unidade


DOIS MUNDOS, UMA UNIDADE, UMA REALIDADE

O mundo material, objetivo e racional é regido pela lei da causalidade.
Nada acontece sem uma causa correspondente, nenhum efeito é maior do que a sua causa.
Tudo que está sujeito à lei da causalidade acontece no tempo e no espaço, que não são objetos, mais sim modos ou atributos de percepção sensitiva e concepção intelectual. A ciência, a técnica e a arte, isto é, a cultura e a civilização assentam alicerces na lei da causalidade, que é o objeto específico da inteligência. Existem, entretanto, fenômenos de causas desconhecidas e que o homem comum chama de casualidade.
Este é o mundo dos sentidos e do intelecto, o mundo do ego. O mundo que não pode ser explicado pela lei da causalidade nem pelos sentidos e pelo intelecto é o mundo dos instintos, da emoção, do sentimento, o reino do eterno, do infinito, do absoluto.
Este é o mundo do Ser. O ser humano interage com esses dois mundos.
A distinção entre dois mundos, segundo Nietzsche apareceu claramente com Sócrates, pela oposição entre essencial e aparente, verdadeiro e falso, inteligível e sensível, fazendo da vida aquilo que deve ser julgado, medido, limitado; foi criado o "homem teórico", racional e lógico, separando o pensamento e a vida.
"Enquanto em todos os homens produtivos o instinto é uma força afirmativa e criadora, e a consciência uma força crítica e negativa, em Sócrates o instinto torna-se crítico e a consciência criadora".
Todos os fenômenos conhecidos e desconhecidos estão interrelacionados. Não há dois mundos separados, estanques. Não há um "vale de lágrimas" aqui no mundo do ego e um céu ou inferno em outro mundo, em outra dimensão. O ser humano move-se dentro de um todo e cabe a cada um, individualmente, tomar consciência dessa realidade.
Quando toda a nossa motivação e ação, toda a nossa energia e interesses estão canalizados para o mundo do ego somos incapazes de perceber o Todo. Ao nos afastarmos do mundo sensível e desenvolvermos apenas o intelecto, nós nos separamos da Unidade. Ao desenvolvermos somente a capacidade intelectual nós nos afastamos da nossa essência, nós nos incapacitamos, nos
aleijamos, desenvolvemos apenas uma parte, deixamos de viver pelas leis da natureza, do nosso mundo interior. O "homem teórico" de que nos fala Nietzsche afastou-se de sua humanidade e, pela inteligência, criou Deus.
O homem criou Deus e, agora, busca desenfreadamente, provas da sua existência. Não é fantástico? Tudo é extremamente simples, mas o homem quer uma explicação lógica, racional, científica! Desviou-se, separou-se, pela força da vontade, do seu mundo interior que faz a ligação com o Todo e agora, busca, freneticamente, respostas racionais para a sua existência.
Mas o seu Deus racional, objetivo não existe porque é uma criação sua, e, portanto, uma ilusão.
O homem primitivo vive instintivamente; o homem intelectual vive racionalmente; o homem superior promove a paz entre os instintos, transformados em sentimento, e o intelecto e, assim, pelo sentimento interage com o Todo, o eterno e o infinito.