segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Democracia e voto: Ilusões

O tema é tão óbvio 'as  consciencias mais adiantadas que torna-se mui dolorido ao observar sua veracidade nos dias atuais: a quantidade de votos de pessoas inconscientes sempre será  em maior numero, porque
*justamente* toda a maquina desse atual sistema promove  exatamente isso. 
Leia  o artigo abaixo, de uma lucidez espantosa :


Platão dizia que a Aristocracia (o governo dos melhores) é uma  das mais perfeitas formas de governo. E quem são os "melhores" na visão de Platão? São os que têm virtudes superiores, ou seja, que são guiados por uma moralidade interior que nasce de suas consciências. Além disso, justamente por terem virtudes superiores, amam o conhecimento e a sabedoria (filos + sofia = Amor ao conhecimento). 
É um governo de filósofos (FILÓSOFOS, não de "bacharéis", nem de "mestres" nem de "doutores" em Filosofia das Academias), ou seja, daqueles que aplicam o conhecimento da Filosofia em suas próprias ações. Nesse sentido, o "governo" é a aplicação na sociedade da "aretê", ou seja, da excelência e da perfeição do conhecimento.
Para que haja uma aristocracia é necessário que se forme uma elite (verdadeira, ou seja, uma elite de virtuosos e sábios) e que essa elite consiga chegar ao poder. Uma vez instalada essa elite, a sociedade seria conduzida como uma criança em busca da educação e da virtude. Do meio dessa mesma sociedade seriam separados os elementos superiores, ou seja, os aríston (os melhores) que dariam sucessão à Aristocracia.
Platão também ensina que a monarquia é uma forma superior de governo. 
No entanto, outros filósofos, como Francis Bacon, disseram que a monarquia é inferior à aristocracia.
Por quê? Porque a monarquia é a redução dessa elite a um único indivíduo, que é investido da palavra final sobre todos os assuntos, além de ser cultuado como se fosse "superior" ao resto dos aríston. Sua superioridade não é efetiva, mas apenas simbólica. 
Na verdade, não há como garantir que o sujeito coroado seja realmente superior (em virtudes e conhecimento) aos outros membros da aristocracia. Além disso, o caráter dinástico da sucessão monárquica (o pai passa para o filho) priva a sociedade de ser governada pelos efetivamente melhores para que seja governada pelos que são pretensamente "melhores" (há pretensão de sua superioridade apenas por terem como ascendente um monarca). 
Ainda, com a substituição do mérito e da sabedoria do indivíduo pela mera descendência biológica, é criada uma tensão interna na sociedade todas as vezes que o monarca ou seus descendentes não ajam de acordo com a sabedoria e a virtude. No caso da aristocracia, todo aquele que age de forma não-virtuosa ou ignorante é automaticamente excluído da própria idéia de "aríston". 
Os outros aristocratas o excluirão sem nenhuma hesitação. Já no caso da monarquia, o monarca e seus descendentes continuam sendo  "realeza" mesmo se forem dissolutos, ignorantes e conspurcadores. 
O que garante o aríston é a aretê. O que garante o rei ou a nobreza palaciana é apenas a pretensão de sabedoria, virtude e dignidade conferidas pela "mística" em torno do direito divino dos reis. Se o rei for sábio e virtuoso, a monarquia será excelente para a sociedade. Se o rei for um ser execrando, a monarquia será uma desgraça para a sociedade.
No Brasil, por exemplo, Dom Pedro I foi o exemplo de tudo o que um monarca não devia ser. Seus escândalos familiares, sua arrogância e sua ignorância se tornaram proverbiais. Seu pai, Dom João VI, era covarde, poltrão, ganancioso e ignorante. A rainha Carlota Joaquina tinha sede incontrolável pelo poder e nenhum escrúpulo moral para obtê-lo.
A primeira leva de "nobres" no Brasil foi daqueles comerciantes que cederam imóveis para a família fugitiva de Dom João VI que, borrando de medo, correu para o Brasil para não enfrentar Napoleão e abandonou o povo português perdido em meio ao caos.
Dom Pedro II foi um monarca acadêmico, amante das ciências e das letras. No entanto, em muitas ocasiões, foi manipulado pela Igreja e pelas pressões da burguesia "nobilitada". No Brasil, quem quisesse ser "nobre" deveria fazer doações à coroa, bancar dívidas da família real, conceder-lhe  imóveis e pagar caro pela "Carta de Mercê de Nobreza e Fidalguia" além dos impostos para a manutenção do status. Isso fez com que a grande maioria da nobreza titulada do Brasil fosse composta por burgueses que tinham dinheiro suficiente para bancar tudo o que era necessário para ser "nobilitado". 
Virtude e sabedoria não eram nada diante das taxas exigidas para ser "nobre". Algumas famílias com ancestrais nobres em Portugal, que ostentavam brasões de armas nas quintas, tendo em vista os impostos que teriam que ser recolhidos para a manutenção do status de "nobreza",mandavam picar à marreta e cinzel os brasões esculpidos na pedra dos solares para evitar a sangria de dinheiro...
Pedro I distribuiu "apenas" 5621 condecorações além de numerosos títulos de "nobreza". Pedro II outorgou 2190 graus na Ordem de Aviz e 5.947 na Ordem de Cristo, somando 8.137  condecorações. 
A situação da "nobreza" do Brasil era tão bizarra e absurda que um deputado da época chegou a declarar que "estaria na ausência de condecorações e fitas, o índice mais seguro de dignidade e bons serviços" e José Bonifácio disse que a distribuição indevida de mercês e de títulos de nobreza "criava mais republicanos do que todas as maquinações democráticas". 
Desnecessário fazer aqui uma lista de atos vergonhosos e imundos cometidos por "nobres" e membros da "realeza". Basta lembrarmos dos infames casos extraconjugais do príncipe Charles, dos filhos de Charles e Diana a caírem bêbados pelas ruas sendo auxiliados pelos motoristas, da "bunda-molice" do Duque de Edimburgo a pedir autorização para Churchill deixá-lo dar nome aos próprios filhos...
Isso tudo demonstra claramente que, de fato, a monarquia é uma forma de governo inferior à aristocracia. A nobilitação dos indivíduos foi se tornando, a cada dia, menos dependente de qualquer virtude real.
A democracia é uma das piores formas de governo possível. Só perde para a tirania. Na verdade é uma "oligocracia"  travestida de "democracia". 
A oligocracia é o governo de poucos, ou seja, o governo dos capitalistas que detém o capital (os meios de produção)- ou modernamente os chamados Socialistas Fabianos. 
Na oligocracia há uma falsa doutrina de "igualdade de oportunidades" sendo que, na verdade, o que verdadeiramente governa é o sistema de classes sociais definidas pela capacidade de consumo. 
Quanto mais dinheiro, mais capacidade de consumo. Quanto mais capacidade de consumo, maior influência na sociedade e, consequentemente, maior capacidade de manipulação e de controle dos mecanismos sociais e de governo (a corrupção).
Aquele que pode comprar máquinas e produzir bens (meios de produção), domina os assalariados e cria alianças que garantam a manutenção de seu "status quo". Nesse caso estão os grandes empresários, os
latifundiários e outros capitalistas (origem tb  da corrupção). 
A idéia de que votar é o mesmo que governar é a maior mentira contada pelo discurso "democrático". O voto da massa é facilmente manipulado pela mídia, pelo marketing e pelo discurso de apelo emocional. 
Em outras palavras, quem tem mais dinheiro para comprar tudo isso tem infinitamente mais chances de ter o poder "democrático" (inclusive maior tempo na midia para impor maior inconsciencia). O povo, manipulado e ignorante, acredita votar "livremente" sendo que sequer se organiza para pensar em quem gostaria de ter como representante. É simplesmente jogado diante de nomes de candidatos impostos e deve "escolher" com base em seus "acertados" critérios de análise.
A sociedade "democrática" é dividida não pela propensão dos indivíduos, mas pela quantidade de dinheiro acumulada. Se a desigualdade na aristocracia é baseada na maior quantidade de sabedoria e virtude e a desigualdade monárquica é baseada na proximidade dos extratos sociais à realeza,  a desigualdade democrática é baseada na maior quantidade de dinheiro acumulada.
Em outras palavras: Na aristocracia (ideal), é superior quem é sábio e virtuoso. Na monarquia é superior quem agrada ao rei e aos seus. Na "democracia" (oligarquia) é superior quem tem mais dinheiro.

(original: http://chakubuku-aryasattva.blogspot.com.br/2012/06/aristocracia-monarquia-e-oligocracia.html )




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O que uma contenda jurídica ocorreria entre votos validos elegiveis e votos validos não-elegiveis *de forma alguma revela* , é que um presidente (governador,prefeito,etc) eleito com maioria acachapante de votos nulos e brancos dificilmente se manteria no cargo, dada a tamanha insignificância de votos válidos elegíveis e, sobretudo, a sua monstruosa rejeição. 

2 comentários:

  1. Isso foi genial. Tudo aqui mastigado, junto, muito bem colocado. Mesmo neste analfabetismo social que impera, um grande texto!!! Valeu!!!!!!!!!!!!!!

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